segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Na Band outra vez (em 06/08/2010)

Foi um convite inesperado mais uma vez, mas, como sempre, gratificante. Pena que não consegui uma gravação legal para postar aqui para vocês. Minha placa de captura de vídeo deu uma pirada e gravou tudo acelerado e sem áudio. Porém, fiz uns prints, pelo menos pra ilustrar. De qualquer forma, está registrado.




segunda-feira, 2 de agosto de 2010

um pouquinho de Roberto

Preconceito é trivial e mau



Como diz a frase: “ninguém faz amigos tomando leite”, concordo que cerveja é uma grande catalisadora de colegagens.
Nesse final de semana, por acaso, eu e meus amigos acabamos fazendo um programa diferente do habitual, porém, com surpreendente animação.
Alguém sugeriu: “-vamos naquele barzinho simples mesmo, que está perto de onde estamos. ’ Mesmo sem unanimidade, acabamos parando lá para tomarmos nossa habitual rodada de cervejas que o nosso sábado exige.
De fato, a falta de suntuosidade do local, não o fazia menos aconchegante, ainda mais porque a bebida estava bem geladinha e os preços eram convidativos. Claro, não era de se espantar que as pessoas que lá estavam não se pareciam nada com gente que estampa capa de revista, assim como, também não tinha ninguém vestido como se fosse pra um baile de formatura ou uma estréia qualquer.
Em menos de meia-hora no ambiente, surgiu um fato interessante que me chamou a atenção. Um grupo com três garotas que também jamais seriam modelos, entrou no boteco, demorou poucos minutos e saiu em seguida. Não tive como não deixar de ouvir quando a menina que era a última do grupo fez o seguinte comentário: ”-Só tem tranqueira, que horror!”
Impossível também deixar de comentar com meus amigos, que riram muito e deixaram o fato pra lá sem se sentirem nem um pouco ofendidos. Ou seja, nem sempre superioridade é raridade.
Bem, vamos ao fato. De início, mal sabia a garota preconceituosa, que estava passando ao lado de uma mesa onde todas as pessoas tinham diploma, gente com pós-graduação e mestrado , além de estável situação financeira.
Com o desenrolar das horas e a ajuda do álcool, as pessoas que lá estavam começaram a se confraternizar com sorrisos e pequenas frases, sempre com o uso que a boa educação exige: “-por gentileza, posso pegar essa cadeira, pois chegou mais uma pessoa na mesa?”
No final das contas, parecíamos estar em um concurso de simpatia e acabamos conversando com várias pessoas dali.
Os donos do bar tinham acabado de chegar da Irlanda, depois de passarem sete anos por lá. A mocinha tagarela da mesa ao lado, trabalha no shopping. O amigo dela é filho de professores universitários famosos. O casal da mesa seguinte, um publicitário e uma bacharelando em pedagogia. Enfim, na última mesa, um casal de empresários.
Foi onde veio-me novamente a frase da moça na cabeça e, percebi como ações preconceituosas são corriqueiras e banais. Claro que é impossível julgar um livro pela capa, ainda mais se você não for um bom leitor.
A moça que falou tal bobagem também não estava vestida para nada de gala e muito menos tinha aparência que pudesse chamar atenção pelo fator beleza.
Todavia, aquelas “tranqueiras” me proporcionaram um final de semana divertidíssimo como há tempos não tinha tido e mais interessante, do que as aulas de enalogia que minha amiga tinha recebido no mesmo dia. Opa, parece que fui preconceituoso...